Projeto de associado contribui com o resgate da biodiversidade no norte do Paraná

18 de janeiro de 2022

É sempre tempo de repensar, mudar a rota e trilhar novos caminhos. Com um olhar sobre novas possibilidades e um futuro com mais sustentabilidade, o colega aposentado Paulo Acquarole, de Londrina, vem dedicando energia a um projeto que nasceu há poucos anos, mas tem potencial para fazer a diferença por décadas.

Na propriedade rural, herdada da família da sua esposa, dona Denise, se passaram mais de quatro décadas de cultivos e ciclos diversificados. No local, já houve produção de café, de algodão, pecuária de corte e leite. Hoje, nos cerca de 18 hectares  são cultivados  milho, soja, hortifrutis e um sonho: tornar toda esta extensão numa área de preservação ambiental.

Paulo conta que a ideia surgiu há mais ou menos três anos, quando passou a refletir sobre os impactos gerados pela produção agrícola e pecuária, a qual se dedicou integralmente, desde sua saída da Caixa em 2001. Então, em 2012, surgiu a ideia de mudar seu modelo de negócio para que a “Fazenda Gaviãozinho” passasse a gerar recursos a partir da preservação, substituindo gradualmente a produção agropecuária pelo plantio de árvores nativas.

Sob o conceito do “Pensar global e agir local”, Paulo começou a desenhar o formato para viabilização financeira deste projeto: convidar pessoas, empresas e organizações a adotarem uma árvore.

“Vendo a necessidade de fazer a compensação de todo CO2 que emitimos para o meio ambiente, o projeto de adoção de árvores visa converter áreas que foram desmatadas em áreas de Mata Atlântica e difundir a consciência ambiental”

A fazenda fica em uma área original de Mata Atlântica, que tem como árvores nativas a peroba, o  pau de alho e  a figueira, estando também situada na bacia do Rio Tibagi.  Na fazenda, há pelo menos 5 nascentes d’água e o rio Gaviãozinho é o rio que corta a propriedade. Na região viam-se, no passado, muitos animais, como quatis pacas capivaras, que começaram a sair de cenário com a intensificação da agricultura na região. 

Atrativa pela qualidade da terra roxa, a região que começou a ser explorada na década de 20, se tornou uma das áreas mais produtivas do mundo, mas como um reflexo disso, perdeu boa parte de sua biodiversidade. A Mata Atlântica é, hoje, aliás, o bioma que mais perdeu floresta no país, com apenas 12% de florestas remanescentes, sendo  o  Paraná  o 3º estado que mais desmata no país.

Daí a relevância de se atuar pela restauração desses biomas e uma forma simples e prática de fazer isso, hoje, é adotar uma muda de árvore na Fazendo Gaviãozinho, como já fez a AEA-PR, neste ano. Ao adotar uma árvore, pelo valor de R$ 5 mensal, a pessoa recebe um certificado digital e um contrato anual que garantem a parceria e asseguram o cuidado com a árvore.

Todas as mudas são nativas da Mata Atlântica Brasileira e fornecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná. O processo de adoção é simples, feito por meio de um  cadastro on-line, e cada árvore  possui um prazo mínimo de 12 meses de adoção. Após o pagamento, recebe-se um  certificado digital, a foto da instalação da muda com o nome do apoiador na placa e periodicamente é enviada uma foto do desenvolvimento das plantas.

“Hoje vendo toda transformação que passamos no mundo e pensando no futuro dos meus filhos e netos, tenho certeza que precisamos de mudanças, no jeito de viver, de consumir e produzir. Temos que fazer nossa parte, com ações pequenas no dia a dia, porém efetivas”, afirma Paulo.

 

Saiba mais:

https://www.gaviaozinhofarm.com/

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