Os Conselheiros Eleitos, e seus suplentes, além de assessoria técnica e atuarial realizaram a 3ª reunião ordinária de 2023, em formato online, no  dia 20 de setembro. A reunião teve início com a fala do colega Francisco Pugliesi sobre o sentimento de desrespeito às demandas do Conselho, eleito por mais de 20.000 votos (dentre os 27.000  votantes) e o descumprimento do ACT vigente, devido às contínuas negativas de apresentação dos dados demandados pelos Conselheiros – o que vinha ocorrendo também  em gestões anteriores.

A pauta, enviada com 20 dias de antecedência como previsto no regulamento, foi bastante extensa, tendo como assuntos principais: 

– Pedido reiterado para realização de reuniões a cada 45 dias para viabilizar acompanhamento mais efetivo das ações de credenciamento nacional, em função das demandas que os Conselheiros recebem continuamente; (demanda negada)

– Compartilhamento das discussões que estão acontecendo no GT e na mesa de negociação, em relação ao Saúde Caixa (demanda negada)

– Apresentação da evolução dos credenciamentos das localidades com até 750 participantes do Saúde Caixa, e em especial os profissionais TEA e TGB no decorrer do período de junho à setembro , demanda atendida, e solicitado que os colegas sempre acessem o site do Saúde Caixa que será mantido atualizado pela matriz.

– Reembolso para filhos PCDs – a GESAD orientou que sejam observadas as orientações que constam nos normativos no site do Saúde Caixa.

– Sistemática de custeio de medicamento para câncer – a GESAD orientou que os colegas busquem a utilização da rede credenciada para a utilização da medicação (favorecendo a cobrança através do próprio credenciado)

– Demonstrativo das internações, por tipos de tratamentos , segredado por itens (tipos de situações, quantidade de dias, tipo de internação (padrão ou UTI), separados por sexo, ativo, aposentado, dependente, restrito, Pams) – a GESAD trouxe alguns demonstrativos que agregam informações, porém as informações ainda são insuficientes e  continuam necessitando de aprofundamento.

– Demandas de exames por especialidade médica , separados por: Sexo, ativo, aposentado, dependente, restrito, Pam – a GESAD não apresentou da forma solicitada.

– Descrever volume de despesas por tipo: Internação, pronto socorro, ações judiciais, restritos, PAMS – a GESAD não apresentou

– Relatórios financeiros segregados com os dados Saúde Caixa, PAMS , restritos, Saúde ocupacional e afastados B91 dos últimos 5 anos – a GESAD não apresentou.

– Demonstrativo das ações de cobrança dos últimos 2 anos, segregados por Saúde Caixa, restritos e PAMS – Gesad só trouxe totalizador, necessitando mais detalhamento

– Demonstrar os valores pagos referentes a taxa de administração e ressarcimento dos valores de custeios dos convênios de reciprocidade – GESAD não apresentou

– Esclarecer as alterações nos demonstrativos contábeis, identificados por titulares, em tratamento de câncer – GESAD vai esclarecer casos pontuais.

– Confirmar os valores de mensalidade e de coparticipação do ano de 2022 – esclarecido na reunião.

O relatório atuarial  apresentado em dezembro de 2022 não foi validado pela Assessoria Atuarial que atende os Conselheiros Eleitos, custeada pela AEA/PR. “Esclarecer com profundidade os números solicitados é fundamental para uma análise criteriosa e correta da real situação do Plano Saúde Caixa. A conclusão da migração do Sistema de Gestão do Saúde Caixa,  para a área de TI da Caixa é urgente e imprescindível para que de fato possamos ter maior acesso a dados confiáveis”,  defende a Conselheira Márcia Krambeck.

Segundo Márcia, responsabilizar o limitador de 6.5% como o problema de custeio do Saúde Caixa é uma análise superficial, não sendo possível afirmar sequer se o índice está realmente sendo atingido.  “As informações financeiras e contábeis que o Conselho possui indica que o plano está em equilíbrio e sustentável, e dentre os valores considerados, poderia inclusive estar com superávit. Prorrogar o Acordo Coletivo até 2025, sem nenhuma mudança, ou até com a retirada da 13ª mensalidade sobre o 13º salário, é a ação mais viável”, defende Márcia.