Muito se ouve falar que o esporte faz bem ao corpo e à alma. Nos Jogos da Fenacef, vários atletas mostraram que, de fato, o esporte é transformador. Foi buscando combater a depressão, que Minoru, esposo da colega associada Shizuko Mise, e atleta da equipe de corrida de rua começou a praticar atividades físicas. “Iniciei com caminhadas e achava que nunca conseguiria correr – tive tuberculose, problemas na coluna, fiz duas cirurgias. Persisti e hoje a corrida é minha vida. Graças ao esporte, chego aos 71 anos com muita disposição”, conta Minoru.

E haja mesmo muita energia! A descoberta do poder do esporte levou Minoru a cursar faculdade Educação Física, depois da aposentadoria. Hoje, ele coordena uma das maiores equipes de corrida de rua do Paraná, organiza treinos duas vezes por semana e corridas todo domingo, quando acorda às 2h da manhã para preparar a estrutura para o grupo. Minoru também tem outras duas paixões: filmagem e fotografia. “Meu objetivo atrás das câmeras é divulgar o esporte”, explica.

O atleta e fotógrafo esteve por todos os cantos dos Jogos da Fenacef, registrando diversas competições – algumas imagens ilustram, inclusive,  essa revista. Todas as outras podem ser vistas na página: www.facebook.com/minorufotografias.

Herivelto, Minoru e Ildefonso, parceiros da corrida de rua

 

 

Estreando nos Jogos

Diz-se que a primeira vez a gente não esquece. Para Terezinha Zanette, ser convocada para os Jogos, foi uma alegria indescritível – já que a seletiva do voleibol foi bem disputada. Aposentada em 2015, Terezinha procurava uma nova atividade para se ocupar, quando o colega Clayton Santos sugeriu o vôlei. “Eu nunca tinha jogado vôlei. A primeira vez que fui ao treino na APCEF-PR, quase morri de vergonha. Mas nossa colega Antônia me puxou e assim comecei. No início eu era muito ruim!”, relembra.

Aprender os fundamentos do esporte logo tornou-se o novo desafio da agora atleta. Terezinha contratou um professor particular e passou a treinar com regularidade. Menos de três anos depois,  já participa de competições fora da cidade e garantiu vaga para os Jogos da Fenacef. “ Tenho muito a agradecer aos professores Leandro e Raul e ao grupo de vôlei que me acolheu. Minha vida mudou muito desde que comecei a praticar vôlei. Parece que eu voltei no tempo, fiquei mais jovem”, conta com alegria.

Herivelto Martins, da equipe de corrida de rua, também estreou na competição nacional dos aposentados da Caixa. E chegou brilhando: conquistou duas medalhas de ouro – nas corridas de 5 km e 10 km.  O recém aposentado, começou a praticar corrida em 2011. “Tive uma grave lesão no joelho direito, em uma partida de futebol. Fiz a cirurgia e fiquei mais de dez meses sem praticar esportes. Quando fui liberado pelo médico, ele disse que eu ainda não podia jogar futebol, mas poderia correr. Comecei..e não parei mais!”, explica.

O atleta participa de inúmeras competições ao longo do ano, mas correr ao lado de ex-colegas da Caixa teve um gosto especial. “As participações em competições nos trazem experiências que marcam muito.  Essa não foi diferente. Encontrei amigos antigos e criei novas amizades”, conta Herivelto.

 

Energia na torcida!

Não jogou, mas ganhou: medalha de torcedor!

Os atletas de vôlei da AEA-PR conhecem bem um torcedor exigente, presente em todas as partidas. Marido da atleta Margareth Mie, esse vibrante torcedor se explica: “Cobro bastante porque já fui jogador”. Takachi Isizaki foi praticante de esportes, mas depois de dois derrames e dois graves acidentes, não pode mais ser o atleta de antes. A paixão pelo esporte, ele agora manifesta de fora da quadra. “Eu torço sempre pelo meu time, nunca contra o adversário. Aprendi isso desde criança. Dou força para que o time reaja”.  Há dois anos na torcida dos Jogos da Fenacef, Takachi não passa despercebido e aproveita o que de melhor hoje o esporte pode lhe dar. “Faço barulho mesmo. Na verdade, sou um torcedor do esporte em si. Fico feliz em ver tantos colegas aposentados atletas, podendo praticar atividades e cuidando da saúde”, explica.