Associados da AEA-PR participaram nesta semana do Espaço Aberto sobre a Funcef, com a presença dos diretores eleitos Augusto Miranda e Max Pantoja e dos colegas Celso Matos, novo membro do Conselho Deliberativo da Funcef, e Vilson Willemann, suplente do cargo. O Encontro foi no Buffet du Batel e antecedeu o último almoço do ano dos aniversariantes, com transmissão ao vivo pelo facebook da AEA-PR.

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Augusto Miranda, diretor de administração,  abriu o encontro destacando o momento de recuperação e de otimismo em relação aos resultados da Funcef. “Devemos fechar o ano de 2018 com um dos melhores resultados da Fundação com rentabilidade próxima a R$ 7 bilhões e superávit de R$ 2 bilhões. Resultado bem superior a de outros Fundos, como Previ e Petros”, afirmou.

Segundo o diretor, o cenário conquistado é consequência de um trabalho iniciado em 2012, que começou a mostrar resultados a partir de 2015. “Por meio do saneamento das contas e de uma maior inteligência em relação aos investimentos, pudemos retomar a rentabilidade. Não havia como restituir o equilíbrio sem dor. Mas com lealdade, diligência e zelo, atingiremos resultados que permitirão a redução gradual dos equacionamentos”, defendeu Augusto.

Augusto Miranda falou também sobre a luta pela nova regulação da Fidef (Fórum Independente em defesa dos fundos de pensão). Entre as diversas propostas apontadas pelos diretores está tornar crime as gestões temerárias e fraudulentas.

Manter a vigilância

O diretor de planejamento e controladoria, Max Pantoja, insistiu que apesar dos bons resultados, não se pode baixar a guardar e que riscos e ameaças à Fundação devem ser monitorados. “Temos excelentes perspectivas, mas tenho dúvidas em relação ao sistema que opera há 40 anos de grupos que dão golpes em Fundos de Pensão. Precisamos permanecer vigilantes e defender a Funcef”, defende Max

Em relação às perspectivas em relação ao equacionamento, Max destacou que, com a redução do deficit de R$ 12 bilhões para R$ 6 bilhões, em 2017, já não houve novos equacionamentos. “Se não tivermos surpresas em relação aos investimentos, estimamos em 2019, zerar definitivamente a deficit e gerar ainda um saldo que permita redução da alíquota. O ideal é que a redução se dê através de resultados acima da meta atuarial mais 1%”, explicou.

Max Pantoja também falou da expectativa em relação a reparações judiciais, resultado de ações como a Operação Greenfield, que neste ano não gerou aportes. O diretor finalizou sua fala reforçando a necessidade da vigilância e acompanhamento da gestão do Fundo de Pensão. “Se envolvam, acompanhem nosso trabalho. Usem a favor de vocês as redes sociais. Acompanhem as páginas dos dirigentes, exijam transparência, manifestem discordâncias, façam pressão”, defende.

Em relação ao contencioso, foi informado que o valor provisionado que está gerando impacto sobre o equacionamento é de cerca de R$1,2 bilhões, o que representa cerca de 5% sobre o valor total a equacionar. Os diretores afirmaram que devido ao resultado de alguns processos recentes, futuros julgamentos, relacionados a questões como 17a hora de trabalho e incorporação de funções de confiança, têm hoje maior probabilidade de envolver parcela de responsabilidade financeira da Caixa.

Atuação do Conselho Deliberativo

Celso Matos falou sobre os trabalhos que vem realizando junto à fundação e agradeceu ao presidente da AEA-PR, Jesse Krieger, pelo convite para participação no Espaço Aberto. “A transparência é fundamental. Vemos muita emoção nas redes sociais, no entanto, em nosso trabalho devemos ter pé no chão, ser racionais. Precisamos avançar de forma responsável, sem ações arriscadas – com análise, discussão e debate firme sobre posições a serem tomadas”, afirmou.

Suplente no Conselho Deliberativo da Funcef, Vilson Willemann explicou sobre o trabalho  dos conselheiros e suplentes e da forma como os novos representantes vêm se preparando para o cargo. “Fizemos dois cursos de qualificação e participamos de oito reuniões em Brasília, desde junho. Os suplentes não têm direito à voto, mas têm direito à voz. É no Conselho que se debatem políticas e metas, cabendo aos diretores fazê-las acontecer”, explicou.

Espaço aberto

Após apresentação dos diretores e conselheiros, Jesse Krieger abriu espaço para perguntas do público e reafirmou apoio aos diretores eleitos. “Temos a convicção de que fizemos a escolha certa em novamente apoiar a chapa Controle e Resultado, que sempre estiveram à disposição para nos atender”, afirmou.

Os diretores da Funcef parabenizaram o trabalho da AEA-PR  de aproximar os aposentados do estado e de buscar esclarecer as questões que afetam os aposentados. “Esse tipo de evento é da mais alta relevância. A garantia do futuro de vocês é participar, eleger , acompanhar, cobrar e defender nosso Fundo de Pensão”, disse Max Pantoja.

Vilson Willemann desejou boa sorte ao futuro presidente da AEA-PR, Valfrido Oliveira, e aos demais representantes e enalteceu a dedicação do colega Celso Matos junto ao Conselho Deliberativo da Funcef.