Antônio Augusto falou aos associados em reunião em encontro proposto pelo Conselho Deliberativo da AEA-PR

O diretor eleito da Funcef, Antônio Augusto de Miranda, participou de reunião com associados na sede da AEA-PR, em Curitiba, proposta pelo Conselho Deliberativo da associação. Na ocasião falou sobre a os desafios atuais da Funcef e destacou a atuação voltada à busca de reequilíbrio.

Antônio Augusto de Miranda afirmou que atual gestão tem como foco a busca de superávit como vertente principal  para retorno do patrimônio do Fundo, seguida da luta continuada por reparações judiciais – que hoje representariam cerca de R$ 1,8 bilhões.

O diretor administrativo afirmou que a rentabilidade dos fundos, em 2018, foi de 11,92 % – quase 50% acima da meta atuarial – e que hoje a Funcef se encontra em caminho de recuperação, graças também a redução da exposição a riscos e aos resultados da  Operação Greenfield.

Augusto expôs que os investimentos mais importantes para Funcef  hoje estão, por ordem de relevância, na Vale – Norte Energia, Invepar, carteira imobiliária e FIPS. Em relação à Vale, o diretor afirmou que a Funcef tem hoje 3% da empresa e que a catástrofe ocorrida em Brumadinho não chegará a impactar a carteira, visto que a cotação da ações regularizou já em março.  “Esperamos que os efeitos sejam neutralizados ao longo do ano, mesmo com as despesas previstas com indenizações”, disse Augusto.

Despesas administrativas

Sobre as despesas administrativas, o diretor afirmou que a Funcef vem fazendo a lição de casa. “Apertamos o cinto e implantamos medidas diversas para contenção de despesas”, afirmou. Hoje, as despesas do Fundo giram em torno de R$ 180 milhões por ano, segundo o diretor, o que representaria redução de gastos frente ao índice de inflação.

“A Funcef estabilizou sua estrutura desde 2016. Normalmente espera-se que as despesas sigam os índices da inflação. Com uma inflação de 4%, a despesa cresceu a uma média de 2%, o que significa que houve economia real”, explicou o diretor.

Contencioso

Em relação ao Contencioso, houve redução do valor provisionado para aproximadamente R$ 835 milhões. “Nos últimos anos observamos uma mudança de postura judiciária no tratamento de causas que discutem fundos de pensão e previdência complementar. Havia antes uma predisposição a serem tratadas na esfera trabalhista e, em 2015, o Supremo determinou que as causas sejam tratadas pela Justiça Comum, menos rigorosa no que tange às questões trabalhistas. Também vem se reconhecendo a responsabilidade da patrocinadora na revisão de pagamento de benefícios”, pontuou Augusto.

Contribuições extraordinárias

Segundo Antônio Augusto, apesar dos resultados positivos conquistados em 2018, ainda não será reduzido o valor a ser equacionado, visando a diminuição das  contribuições extraordinárias. Como medida emergencial, buscar-se-á a redução das parcelas via aumento de prazo, a partir de junho de 2019. Espera-se que a partir de 2020, possa haver uma redução por superávit.

Vigilância

João Catarin, presidente do Conselho Deliberativo da AEA-PR cumprimentou Augusto Miranda, em especial, pela postura dos diretores eleitos terem se posicionado em relação a nova direção da Caixa e Funcef.  “Continuamos confiando em vocês, que tem demonstrado ser nosso porto seguro”, afirmou.

Jesse Krieger, representante do CD e ex-presidente da AEA-PR,  afirma que há controvérsias na fala do presidente da Caixa e a vigilância deve ser constante. “Não podemos descuidar do que representa a Funcef. A situação atual nos expõe ainda a riscos de ingerência. Esse zelo pelo acompanhamento rigoroso exemplifica a postura que todos devemos ter”, defente.

Augusto de Miranda parabenizou aos representantes da AEA-PR pelo constante acompanhamento da situação do fundo de pensão. “A Funcef tem uma condição diferenciada de conscientização dos participantes em relação outros fundos de pensão. Mantenham a vigilância”, alertou o diretor.

Ao vivo para todo estado

A reunião foi transmitida pelo facebook da AEA-PR, permitindo que os associados de todo Paraná acompanhassem a reunião. Clique aqui para ver o vídeo.