Com o slogan “Resistência e luta! Em defesa da Caixa e por nenhum direito a menos”, aconteceu, de 30 de junho 02 de julho, em São Paulo, o 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). O tema principal foi a defesa dos direitos dos empregados e aposentados, e da Caixa, como banco público. A promoção foi da Fenae e da Contraf-CUT.

No Conecef, participam empregados da ativa e aposentados, de acordo com os quantitativos definidos para cada estado, na proporção de um delegado para cada 300 empregados. Do Paraná, 20 delegados representaram os 5.955 empregados da ativa e 10 delegados representaram os 3.038 aposentados e pensionistas do estado.

A AEA-PR esteve representada pela vice-presidente, Olga Pchek, pela representante da regional Guarapuava, Eloina Gavanski e pelos associados José Edmar Mendonça Teixeira, Rogério Martins Cavalli, Sonia Regina Sperandio Boz e Célia Silvestre. Eles se distribuíram entre os dois grupos de discussão, com assuntos de interesse dos aposentados e pensionistas: Grupo 1- Saúde do trabalhador e condições de trabalho e Saúde Caixa; grupo 2 – Funcef, aposentados e previdência.

Além desses temas, foram discutidos no Conecef: terceirização, reforma trabalhista, defesa dos bancos públicos, mais empregados, verticalização e reestruturação.

Na abertura do evento, presidentes de várias federações e sindicatos representando empregados da Caixa e do Banco do Brasil defenderam a preservação desses bancos como públicos, a serviço da população brasileira, e declararam-se contrários à reforma trabalhista proposta pelo governo. Na ocasião, o senador Linderberg Farias (PT) e os deputados federais, Orlando Silva (PC do B) e Ivan Valente (PSOL) afirmaram seu apoio, na base parlamentar, para a defesa da Caixa e do Banco do Brasil como bancos públicos.

Durante os trabalhos dos grupos, os delegados tiveram a oportunidade de defender as suas teses e abrir a discussão para quais os temas que deveriam ser levados para votação na plenária final para elaboração de um documento com as resoluções do 33º Conecef.

Segundo Eloina Gavanski, dessa vez, falou-se muito mais em política, em todos os grupos tinha um item ‘fora temer’. Na sequência da abertura, aconteceram os debates separados por grupos. Em cada um deles foram relacionados os assuntos discutidos e enviados pelos estados.

Entre as deliberações, foi aprovada a campanha deflagrada pela Fenae, “Contencioso, essa dívida é da Caixa”, que é luta compartilhada por todas as entidades representativas dos aposentados e pensionistas, pois representa um forte impacto no deficit da Funcef: 25% no Reg/Replan Saldado, e 42% no Reg/Replan não saldado. Ainda sobre a Funcef, o documento defende uma maior democratização da gestão e eleição direta para os representantes dos participantes e assistidos na diretoria e conselhos da Fundação, fim do Voto de Minerva e luta contra a PLP 268/2016.

Sobre o Saúde Caixa, outro assunto de interesse dos aposentados e pensionistas, foi defendida a manutenção do modelo de custeio de 70% para Caixa e 30% para os usuários. Também foi manifestada a preocupação com o credenciamento de profissionais clínicas e hospitais de qualidade.

As demais deliberações, constantes do documento, defendem a Caixa 100% pública, atuando com programas sociais e de moradia para a população brasileira, além de melhores condições de trabalho para os empregados da ativa.

Para Olga Pchek, independentemente de ideologias, é importante que entidades representativas, sejam federações, associações ou centrais sindicais, se unam para a defesa da Caixa, da Funcef e dos direitos dos empregados, aposentados e pensionistas. “Os pontos convergentes, como a defesa de que o contencioso é responsabilidade da Caixa, devem ser defendidos em unidade por todas as entidades, somando esforços para que a reivindicação se torne uma realidade”, avalia a vice-presidente da AEA-PR. “Por isso, foi importante participar, juntamente com outros colegas aposentados, desse congresso”.