Benefícios do Saúde Caixa continuam em risco principalmente para aposentados

Funcionários e aposentados da Caixa e representantes de entidades de classe se reuniram nesta quarta-feira (8) para  apreciação de proposições apresentadas nesta semana pela  Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) , Caixa, Banco do Brasil e outros bancos da iniciativa privada.

Reposição da inflação, medida pelo INPC, para salários, pisos e demais verbas, foi a proposta apresentada pelo setor, na sétima rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2018, realizada nesta terça-feira (7), em São Paulo. Já na quinta rodada de negociação específica com a Caixa, a direção do banco apresentou uma proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que ignora dezenas de direitos atualmente garantidos pelo ACT.

“A Caixa comunicou que cerca de 30 a 40% das cláusulas que estão no Acordo Coletivo seriam mantidas. Já em relação às outras, informou que deve apresentar uma proposta complementar até o dia 17”, explica o presidente da AEA-PR, Jesse Krieger, presente na reunião.

 

Proposta fragiliza o Saúde Caixa

Com relação ao Saúde Caixa, a direção da Caixa afirmou que seguirá as determinações da resolução 23 da CGPAR, que prejudica os aposentados atuais e futuros do plano de saúde, elimina contribuição por grupo familiar, e quebra o princípio da solidariedade, pelo qual os empregados contribuem da mesma forma, independentemente do tempo de banco e idade.

“A proposta apresentada pela direção do banco é preocupante, porque além de reafirmar que os Saúde Caixa será submetido às resoluções da CGPAR, que praticamente aniquilam o convênio dos trabalhadores do banco, ainda abre a possibilidade de suas cláusulas serem ‘modificáveis a qualquer tempo’”, alertou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

A proposta é especialmente excludente com relação aos aposentados, porque não garante uma série de direitos como isenção de tarifas e condições especiais de juros para empregados e ex-empregados e os exclui da cobertura do Saúde Caixa. “É fundamental, portanto, que a categoria esteja atenta e a mobilização será fundamental para preservarmos os direitos conquistados ao longos dos últimos anos, a custa de muita negociação e mobilização”, alerta o presidente da AEA-PR.

 

Com informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba