10 de setembro de 2024

Criminosos estão constantemente aperfeiçoando táticas para enganar pessoas em situações de vulnerabilidade. Uma das formas de que golpe que têm se tornado recorrente, atualmente, envolve o uso indevido de nomes de escritórios de advocacia e advogados.
A AEA-PR pede atenção redobrada sobre este tema pois muitas pessoas já perderam dinheiro ao realizarem transferências via PIX ou TED acreditando estar lidando com representantes legítimos de escritórios de advocacia.
Como são os golpes?
Utilizando dados processuais públicos disponíveis na internet, os golpistas se passam por advogados legítimos, entrando em contato com as vítimas através do aplicativo WhatsApp. Para aumentar a credibilidade da farsa, eles chegam a usar fotos dos profissionais ou imagens dos escritórios.
Os golpistas dizem estar em um Tribunal e que é necessário efetuar pagamentos de custas processuais ou de boletos para a liberação de valores decorrentes de processos judiciais. Os criminosos podem usar documentos forjados com logotipos oficiais de tribunais para convencer as vítimas.
Como se proteger?
É essencial sempre verificar o número de telefone de quem entrou em contato e, em caso de dúvida, ligar diretamente para o escritório de advocacia. “Os escritórios de advocacia legítimos não pedem depósitos para liberação de valores em processos judiciais. Além disso, no caso de custas processuais ou honorários advocatícios, é fundamental conferir se a conta indicada para o depósito está em nome do escritório ou de um de seus colaboradores”, alerta a advogada Elisete Stefani.
Alerta sobre outros golpes comuns:
- Inúmeros empréstimos consignados e renegociação de dívidas;
- Pedido de empréstimos como se fosse uma pessoa próxima (usando nome ou número de familiar ou amigo) pelo WhatsApp;
- Golpe do sequestro, informando que está com alguém da família pedindo transferência bancária;
- Golpe do mecânico, que alguém próximo precisa pagar o mecânico, pois teve problema com o carro;
- Golpe de PIX, onde informam que alguém está invadindo sua conta bancária e pedem para entrar em contato com o Banco (número falso) e solicitam pix para cancelar a ocorrência;
- Golpe de compra irregular em nome da pessoa. É passado um SMS com número falso do Banco e a pessoa na tentativa de se proteger acaba caindo no golpe;
- Golpe do bilhete premiado (pessoalmente, na rua);
- Falsos sites de antivírus onde a pessoa paga para ficar protegida;
- E-mails ou correspondências com boletos falsos (semelhantes aos normais) para pagamento informando serem de Bancos, Cartórios ou outros locais de interesse da vítima;
- Contato de pessoas se dizendo do INSS para fazer a prova de vida e acabam pegando dados do segurado, para fazer empréstimos ou outro tipo de golpe.
*Em grande parte desses golpes, dificilmente a pessoa consegue restituir o valor utilizado, principalmente nos casos de transferência via PIX.
“É muito importante analisar as propostas ofertadas por empresas de créditos ou bancos, fazer uma boa leitura do contrato ou consultar um advogado, antes de aceitar qualquer tipo de empréstimo ou quitação de dívidas. Também é necessário conferir tudo antes de fazer qualquer transação financeira ou informar os dados pessoais por telefone ou mensagem e não atender ligações ou mensagens de desconhecidos tratando de compras que não foram feitas, ou de outros assuntos suspeitos”, alerta Elisete Stefani.
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