A Funcef divulgou em uma live nesta terça-feira os números do balanço de 2020. A boa notícia é que apesar da crise atual, o fundo conseguiu novo resultado positivo, com superativ de R$ 2,57 bilhões, o que permitirá uma redução de 16,5% no valor de contribuições extraordinárias dos participantes do REG/Replan Não Saldado a partir da folha de abril.
Para 2022, a expectativa é que os participantes do REG/Replan Saldado também vejam a queda no equacionamento, uma vez que o deficit de R$ 2,17 bilhões, em dezembro de 2019, caiu para R$ 197 milhões agora. “Tudo aponta para uma redução também do Saldado, haja visto que nesse ano já estamos adiantados em relação a resultados”, afirmaram representantes da Funcef.
O balanço de 2020 aponta para uma rentabilidade consolidada de 13,78% da carteira da Fundação, que ultrapassou os R$ 80 bilhões. O resultado recorde de R$ 9,7 bilhões foi 39% maior do que o registrado em 2019 e o Fundo Carteira Ativa II, de investimento na Vale, respondeu por 42% deste montante. O resultado também foi influenciado pelo desempenho da carteira de renda fixa (+11,31%), que concentra 56% dos recursos investidos pela Funcef.
Dos cinco grandes segmentos da carteira, apenas os investimentos imobiliários (+1,75%) não superaram a meta atuarial de 10,19% (INPC + 4,5 pp), impactados pelas medidas de restrição a shoppings e hotéis e a adoção de home office. A renda variável foi bastante afetada pela crise.
Os planos mais jovens, Novo Plano CD e REB CD foram afetados pela forte oscilação do mercado de capitais trazida pela pandemia. Mesmo assim, suas cotas valorizaram 7,31% e 7,78% em 2020, respectivamente.
Redução dos gastos
O quadro de pessoal da Funcef foi reduzido em 11,37% desde 2014, com economia anual estimada em R$ 6,5 milhões. As despesas administrativas tiveram um decréscimo real de 3,03% enquanto a inflação medida pelo INPC chegou a 5,45%, queda resultante da redução de viagens e adoção de home office integral desde março de 2020.
Desafios para 2021
A Funcef afirma que, devido à pandemia, a gestão de ativos segue complexa. O principal desafio é alcançar metas de rentabilidade da carteira de investimentos com a alta da taxa Selic, da inflação e a pressão sobre a política fiscal brasileira.
“Entre as oportunidades projetadas para 2021 estão a reestruturação da carteira imobiliária, com prazo de cinco anos, e foco em imóveis com valores médios mais altos, e a criação de uma carteira de investimentos. Também existem estudos em andamento para a criação de um plano familiar e a implementação de uma estrutura organizacional mais enxuta”, informou a Fundação.
Saiba mais: http://bit.ly/balancofuncef_2020