A Diretoria Executiva da Funcef recebeu a equipe de Supervisão Permanente da Previc, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, neste mês de julho. Matéria publicada no site da Funcef informa que tratou-se de visita periódica, com o propósito de  “garantir acompanhamento constante da governança e dos controles internos dos fundos de pensão”. Porém, esta informação é questionada por entidades representativas.

Segundo Valfrido Oliveira, presidente da AEA-PR, no dia primeiro de julho,  foi entregue à Previc um documento, elaborado por colegas da Caixa, cujo tema foram aplicações de R$ 9,7 bilhões dos recursos originados das vendas das ações da Vale S/A no FIA Alvorada em 2021, que tiveram possíveis consequências no déficit de 2,79 bilhões  do fundo REG/REPLAN/FUNCEF, conforme dados informados nas Demonstrações Contábeis da fundação em  2021.

“Apesar da Funcef ter noticiado uma visita de cortesia, acreditamos que tratou-se de uma fiscalização, face à denúncia. É bom lembrar que a Previc tem a obrigação legal de proteger os participantes e assistidos e é remunerada com a Taxa de Fiscalização e Controle (TAFIC), que é paga por estes”, relatou Valfrido Oliveira.

Ainda segundo a Funcef, além da governança corporativa, a pauta da reunião com a Previc incluiu gestão de risco e transparência. “A AEA-PR , espera que  a Previc cumpra a sua função de  investigar todas  as denúncias que surgirem e tomar as medidas legais, este é o procedimento adequado, e é o que se espera dessa entidade”, defende Valfrido Oliveira.