Proposta apresentada pela Fenaban neste sábado garante manutenção do modelo atual do Saúde Caixa. Entidades representativas recomendam aprovação da proposta.

A oitava rodada de negociação com a direção da Caixa resultou na proposta de manutenção da cobertura do Saúde Caixa nos moldes atuais e em outros avanços em relação a proposta apresentada originalmente. A negociação ocorreu no dia 25 de agosto, sábado, e estendeu pela madrugada de domingo, 26 de agosto, em São Paulo, após a mesa com a Fenaban.

A Fenaban apresentou como proposta o reajuste salarial de 5% (aumento real de 1,18% sobre uma inflação do INPC projetada em 3,78%) e garantia de manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), válida para os empregados de bancos públicos e privados do Brasil. A proposta tem validade de 2 anos e prevê a reposição total da inflação (INPC), mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 1º de setembro de 2019.

A proposta da Caixa e da Fenaban será avaliada em assembleias realizadas em todo o país, na quarta-feira 29, e o Comando Nacional dos Bancários orienta sua aprovação. O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região realiza o encontro, a partir das 18h30, no Espaço Cultural e Esportivo.

Foram dez rodadas de negociação, iniciadas em 28 de junho, sob muita pressão de entidades representativas na mesa de negociação. Diversos protestos foram realizadas por todo Brasil, visando entre outros temas a manutenção do saúde Caixa.  “Finalmente houve bom senso por parte da Caixa. Considero que fomos vitoriosos. Mas, como a proposta ainda passará por avaliação em âmbito nacional, orientamos os colegas a participar das assembleias na quarta, para apoiar a aprovação”, defende Jesse Krieger, presidente da AEA-PR.

 

Manutenção do Saúde Caixa

As negociações garantiram a manutenção do Saúde Caixa e do modelo atual de custeio. Com isso, 70% dos custos assistenciais serão de responsabilidade da Caixa. Os empregados  custearão o convênio através da mensalidade de 2% sobre a remuneração-base e 20% de coparticipação sobre o valor dos procedimentos médicos, limitado a R$ 2.400 ao ano.

Além disso, foi proposto que a implementação do teto de 6,5% da folha de pagamento seja implementada a partir do exercício de 2021. Os atuais dependentes indiretos com idade de 24 anos ou mais serão mantidos no Saúde Caixa até os 27 anos, com o custo de R$ 110 ao mês. Futuramente, a limitação será de 24 anos.

Contudo, os empregados admitidos após 31 de agosto de 2018 não terão direito ao Saúde Caixa nos moldes atuais, ficando estes submetidos à legislação vigente. Em relação a este ponto, a Comissão Executiva dos Empregados manifesta repúdio.  “Vamos construir a luta junto com os futuros trabalhadores, como já fizemos no passado, para inseri-los no Saúde Caixa”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Assembleia :: Campanha 2018

Data: Quarta-feira, 29 de agosto

Horário: 18h30 [primeira chamada]  – 19h00 [segunda chamada]

Local: Espaço Cultural e Esportivo (Rua Piquiri, 380 – Rebouças)

SEEB Curitiba