Vacinação é realizada exclusivamente pelo SUS e não há previsão para fornecimento a clínicas particulares e disponibilização por planos de Saúde

As secretarias municipais de Saúde do Paraná vacinaram 57.200 pessoas contra a Covid-19 até o fim de tarde desta sexta-feira (22), o que representa 43% das 132.771 doses distribuídas pelo Governo do Estado. Os imunizantes CoronaVac, produzidos pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, foram aplicados em profissionais de saúde, pessoas em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), pessoas com deficiência severa e indígenas.

No início da semana, o Estado recebeu do Ministério da Saúde na segunda-feira um total de 265.600 doses. A vacinação é gratuita e seguirá o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que por enquanto prevê o fornecimento da vacina apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma, não há previsão de quando laboratórios particulares receberão e poderão vender a vacina. “Por isso é importante ficar atento e não cair em golpes, pois não houve liberação de venda no Brasil”, alerta a Agência Estadual.

Importante destacar que mesmo com o início da imunização, ainda não é hora de relaxar com as medidas de prevenção. Usar máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento social são medidas eficientes e necessárias para evitar a disseminação do vírus. Ainda faltam muitos meses para que todos sejam vacinados contra a Covid-19, e mesmo quem já recebeu o imunizante ainda pode continuar sendo um agente de transmissão da doença.

Cada município definirá e deverá divulgar as formas, locais e horários de vacinação.

Vacinação em Curitiba

A Secretaria Municipal da Saúde preparou um esquema de agendamento de vacinas pelo Aplicativo Saúde Já, plataforma da Prefeitura de Curitiba. Com exceção dos idosos em lares e instituições de longa permanência como asilos e dos indígenas, todas as pessoas dos demais grupos devem fazer o seu pré-cadastro no aplicativo Saúde Já e receberão a informação do dia e horário da vacina pelo aplicativo. Qualquer cidadão que mora em Curitiba, independentemente de ter ou não plano privado de saúde, pode baixar o aplicativo e fazer o pré-cadastro.

O aplicativo está disponível nas versões Android, iOS e web. O Saúde Já Curitiba é gratuito e, para acessar, basta informar o número do Cartão SUS (ou CPF) e a data de nascimento. Mais informações. www.saudeja.curitiba.pr.gov.br.

Esclareça suas dúvidas:

Fonte: Agência Estadual de Notícias – Governo do Estado

Quem será vacinado primeiro?

Neste primeiro momento, estão sendo vacinados os trabalhadores de saúde, os idosos com 60 anos ou mais que vivem em asilos, casas de repouso e afins e seus funcionários, os indígenas e pessoas com deficiência severa, alcançando 126 mil pessoas. 

Sou idoso, quando vou tomar a vacina?

Os idosos foram incluídos entre os grupos prioritários para receberem a vacina, com uma divisão por faixa etária. Passando esta primeira etapa, o próximo grupo que está na fila são as pessoas de 80 anos ou mais, seguidas pela faixa dos 75 aos 79 anos; de 70 a 74 anos; de 65 a 69 anos; de 60 a 64 anos. O cronograma ainda não foi definido, mas a Secretaria de Estado da Saúde irá divulgá-las assim que o Ministério da Saúde disponibilizar novas doses.

Quanto tempo após a vacinação estarei imunizado?

Nos estudos realizados foi observado que após 14 dias da aplicação da segunda dose da vacina há soroconversão para imunidade. Porém, há a necessidade de conclusão de estudos técnicos sobre o tempo de imunidade por parte do Ministério da Saúde.

Qual será a ordem de vacinação contra a Covid-19?

Na sequência, estão previstos para serem vacinados, pela ordem: idosos de 80 anos ou mais ; pessoas de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos; de 65 a 69 anos; de 60 a 64 anos; pessoas em situação de rua; trabalhadores das forças de segurança e salvamento; pessoas com comorbidades; trabalhadores da educação e da assistência social (Cras, Creas, casas/unidades de acolhimento); quilombolas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas; caminhoneiros; trabalhadores do transporte coletivo; trabalhadores do transporte aéreo; trabalhadores portuários; população privada de liberdade; trabalhadores do sistema prisional; demais grupos, com exceção daqueles não podem ser imunizados.

Qual é o calendário para vacinar toda a população do Paraná?

Por enquanto, nem todo mundo será imunizado. Além da disponibilidade dos imunizantes, os testes feitos até agora não incluíram alguns grupos, como gestantes e menores de 18 anos, e por isso, precauções e contra indicações serão adotadas temporariamente, até que maiores evidências sejam divulgadas. Como já é recomendado para outras vacinas, quem tiver febre moderada ou grave não deve ser imunizado, pois os sintomas podem ser confundidos com possíveis efeitos colaterais. Pacientes imunossuprimidos (aqueles que têm redução do seu sistema imunológico) também não podem ser vacinados.

Quais vacinas serão aplicadas no Paraná?

O Estado utilizará as vacinas aprovadas pela Anvisa e disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Até agora, a agência autorizou o uso de dois imunizantes: a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a vacina de Oxford/AstraZeneca, feita em convênio com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Faço uso de medicamentos controlados, há alguma contraindicação para tomar a vacina?

A vacina somente é contraindicada às pessoas que têm hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos seus componentes, além daquelas que já apresentaram uma reação alérgica intensa confirmada ao tomar uma dose anterior de uma vacina contra a Covid-19.

Quem já teve Covid-19 pode se vacinar?

Pode. Não há evidências, até o momento, de qualquer risco com a vacinação de indivíduos com histórico anterior de infecção ou com anticorpo detectável para SARS-CoV-2. Além disso, como há casos de reinfecção e mesmo novas variantes do vírus circulando, ainda não existem evidências de que quem pegou a doença já esteja automaticamente imunizado.

Tenho sintomas de Covid-19, posso me vacinar?

É melhor esperar. Para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais. Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.

Todo mundo é obrigado a se vacinar?

Embora não seja obrigatória, a vacinação é um pacto coletivo, que há décadas tem salvado milhões de pessoas de serem contagiadas e morrerem por doenças virais. Isso significa que quanto mais pessoas tomarem a vacina, menos o vírus circula no ambiente, evitando que aquelas que por algum motivo não podem ser vacinadas sejam contaminadas. Por isso, quanto mais pessoas se imunizarem, mais fácil será de conter a disseminação do coronavírus.

A vacina tem efeitos colaterais ou traz algum risco?

Tanto nos testes clínicos, como entre os primeiros vacinados, não foram apresentadas ocorrências graves relacionadas à vacina. É importante lembrar que os estudos foram analisados pela Anvisa e acompanhados por outras agências mundiais de vigilância sanitária, que estão atentas a qualquer incidente. 

Como faço para agendar o meu horário?

A responsabilidade pela estratégia de organização dos horários para aplicação das doses do imunizante é dos municípios.