Com a chegada de outubro iniciam as campanhas de prevenção e combate ao câncer de mama. A AEA-PR apoia este movimento e reforça entre associados e associadas a relevância de se conhecer as formas de prevenção das variadas formas de câncer, bem como a importância dos exames periódicos para diagnóstico.
O primeiro lanche da tarde de quarta-feira deste mês teve como tema o Outubro Rosa. Com uma decoração e um cardápio especial para chamar atenção sobre a campanha. “Estamos comprometidos na orientação de associados, reforçando a importância da atenção à saúde e adoção de atitudes preventivas”, afirma Márcia Krambeck, diretora de Saúde e Benefícios da AEA-PR.
Em um das mesas, onde a conversa entre amigas flui com alegria, a associada Dina Itice relatava sua experiência no tratamento recente contra um câncer de mama. O diagnóstico foi dado no ano passado, depois que Dina percebeu, fazendo autoexame durante o banho, alguns nódulos estranhos na mama direita.
“Eu fazia mamografia todos os anos. O que mostra que não podemos confiar apenas nos diagnósticos e sempre fazer o autoexame. Devemos nos tocar, observar e cuidar do nosso corpo. Os tumores surgem de forma repentina e quanto antes for detectado, maior a chance de ter sucesso no tratamento”, explica Dina.
Pedir sempre uma segunda opinião médica, ou insistir na requisição de exames, também é muito importante, ao perceber algo estranho no corpo. Ás vezes, quando o paciente é jovem ou já possui algum nódulo ou cisto benigno, ocorre de o médico não pedir exames específicos por achar que não se trata de algo grave.
A prevenção é o fator mais importante para evitar qualquer tipo de câncer e depende da manutenção de uma vida saudável, com: alimentação variada, baixo consumo de carne e preferência por vegetais cultivados sem agrotóxicos, exercícios regulares e atividades sociais que promovem o bem-estar. É sabido que stress, traumas e pensamentos negativos também favorecem o desenvolvimento de tumores. Por isso, viver de bem com a vida é fundamental.
Para Dine Itice, o otimismo e o foco no presente também foram essenciais para que superasse os efeitos do tratamento, que é extremamente impactante e deixa o corpo muito debilitado. “Meus amigos me ajudaram muito. Estar cercada de pessoas positivas que me encorajaram fez toda diferença. E viver confiante, um dia de cada vez, sem se preocupar tanto com o futuro, procurando fazer de cada dia o melhor possível”, orienta.
O que diz o Ministério da Saúde
Embora outubro concentre a maior parte das ações, o Instituto e o Ministério da Saúde (MS) recomendam que as atividades sejam continuadas ao longo do ano e que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas do câncer de mama todos os meses.
A campanha do Instituto Nacional do Câncer e do Ministério da Saúde deste ano tem como mote Cada corpo tem uma história. O cuidado com as mamas faz parte dela. A campanha tem como alvo mulheres em torno de 60 anos, mas é um chamado a toda a sociedade.
O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para o Brasil, foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019, com risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres.
Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, idade em que entrou na menopausa) etc, histórico familiar, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
A prática de atividade física e de alimentação saudável, com manutenção do peso corporal adequado, estão associadas a menor risco de desenvolver câncer de mama: cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.