A AEA-PR reuniu 170 associados, nesta quarta-feira (29) para celebrar os aniversariantes de novembro e dezembro. O encontro, realizado no Buffet Ilha do Mehl, foi o último almoço do ano, que contou com cardápio especial e sorteio de brindes.
O evento contou com o brilho das peças natalinas do Bazar das Oficinas Solidárias. A confecção dos materiais, resultado do trabalho conjunto e voluntário de associadas, contou com a orientação da voluntária Maria Teresa, que fez questão de afastar a alcunha de professora. “Ensino artesanato às minhas colegas porque gosto. Sou apenas uma colaboradora, assim como elas”, conta.
A decoração também ganhou um toque diferenciado, com os enfeites de mesa produzidos pelas voluntárias Dina, Emídia e Eliset. “contribuí com a ideia de trazer algo vivo para enfeitar a festa. O verde da natureza dá um realce único”, conta Dina.
A cortesia do trio já é uma tradição nos encontros da AEA-PR. “É um prazer fazer os enfeites! Sinto-me gratificada ao ver a alegria no rosto dos meus colegas”, contou Emídia. Alegria esta que, contagiou a aniversariante Luzia Cardoso da Silva: “É o primeiro almoço de que participo. Daqui em diante, participarei de todos os demais”, disse a sócia.
Houve mais gente registrando presença pela primeira vez, como o associado Guéber Roberto Laux. “Vim a convite do Jesse e foi uma boa surpresa reencontrar tantos amigos e viver bons momentos”, comentou Guéber.
Os desafios da passagem do tempo
Antes de iniciar a comemoração dos cerca de 30 aniversariantes, as boas vindas aos convidados foi dada pelo Presidente da AEA-PR, Jesse Krieger. Em seguida à abertura, os presentes puderam conferir a palestra “O Tempo Voa?”, ministrada pelo médico especialista em Gastroenterologia, Edmilson Mario Fabbri.
“Durante a minha experiência profissional, notei que muitos problemas de saúde trazidos por meus pacientes não tinham origem no sistema gastrointestinal – as causas eram neurológicas. Motivado pela necessidade de tratar o ser humano de maneira adequada e eficiente, resolvi expandir minhas áreas de conhecimento”, explicou Fabbri.
Além de sua especialização médica, o palestrante é mestre em Cirurgia do Aparelho Digestivo, graduado em Filosofia e, ainda, em Programação Neurolinguística. Com base nessa diversidade de formações e conhecimentos, Fabbri apresentou teorias e indagações sobre a percepção da passagem do tempo.
A apresentação começou com uma explicação neurológica: “Percebemos a passagem do tempo ao observar o movimento das pessoas, repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol”. Quando automatizamos nossas tarefas diárias, não pensamos e, dessa forma, nosso cérebro perde a referência da tarefa e a noção do tempo que passou.
Ao contrário, quando realizamos coisas novas, nosso cérebro dedica-se a compreendê-las e, assim, sempre atento, o tempo parece passar mais devagar. Evitar a automatização da rotina seria um bom caminho para “frear a velocidade das horas”.
Outra abordagem explanada baseia-se na Teoria da Ressonância Schumann, cujas indagações datam de 1952, quando o físico alemão W. O. Schumann constatou que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso. Tal campo possui uma ressonância da mesma ordem de frequência (hertz) de que são dotados os vertebrados e o nosso cérebro, sendo responsável pelo equilíbrio de toda a biosfera.
Sob essa perspectiva, afirma-se que tal frequência sofreu uma aceleração e, coincidentemente, desequilíbrios ecológicos começaram a ocorrer, tais como perturbações climáticas e crescimento de tensões e conflitos no mundo. A sensação de que o tempo está “correndo mais”, portanto, não seria ilusória.
Por fim, Fabbri compartilhou impressões pessoais sobre a passagem do tempo e, com isso, as perdas e os ganhos que se fazem sentir. A associada Sissi Pereira identificou-se com a fala sobre a revalorização do tempo: “Vou buscar gastar ainda melhor meus 86.400 segundos por dia”.
Para a associada há mais de 20 anos, Sandra Maria Eggert, valeu a pena acordar mais cedo para assistir à palestra. “É sempre válido ouvir dicas de como aproveitar melhor nossas experiências de vida. Há manhãs em que mentalizo uma lista de coisas a realizar durante o dia; é muito prazeroso chegar à noite tendo conseguido cumprí-las todas. Dedicar-se ao momento presente nos torna muito mais eficientes”, comentou Sandra.
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