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Como era de se esperar, a reunião com o Diretor de Investimentos da Funcef,  Maurício Marcellini Pereira, realizada na última sexta-feira, dia 06 de fevereiro, em Curitiba, atraiu um grande público de participantes e assistidos, preocupados com a Fundação, especialmente com o não atingimento das metas atuariais.

O objetivo da reunião, numa iniciativa da AEA-PR, em parceria com a APCEF-PR e as Superintendências Regionais Curitiba Leste e Curitiba Oeste, é trazer esclarecimento sobre os investimentos da Fundação e o que está sendo feito pela Diretoria da Funcef para conter o déficit.

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O Diretor, Mauricio Marcellini Pereira, colega economiário,  abriu a reunião ressaltando que vinha trazer uma mensagem de tranquilidade: “o patrimônio da Funcef é sólido e temos uma liquidez saudável, que nos garante de dois a três anos de pagamento de benefícios.”  Segundo ele, a partir de 2012, a Funcef, como os demais fundos de pensão, começaram a sentir os efeitos da crise mundial.

Mauricio demonstrou como são determinados os investimentos, cujo processo de seleção, leva de seis a nove meses, passando por análise  de uma estrutura interna, que envolve áreas técnicas, grupo técnico, comitê estratégico, comitê tático, Diretoria de Investimentos e decisão colegiada, refutando questionamentos de que pode haver ingerências externas.

Apesar de demonstrar um quadro de solidez do patrimônio, Mauricio, salientou que em 2015 ainda sentiremos os efeitos da crise, com uma provável melhora no cenário econômico somente a partir de 2016, o que afeta o resultado das metas atuariais, e que provavelmente levará a Funcef a tomar  medidas de adequação dos planos de benefícios.

Como está o desafio para equacionamento dos planos? O REB está superavitário, portanto não haverá equacionamento, situação também do Novo Plano. Quanto ao REG/Replan, está deficitário pelo terceiro ano consecutivo e, se não houver mudança nas regras em vigor, haverá equacionamento, a partir de 2016.

O equacionamento do déficit funciona da seguinte forma: 50% da patrocinadora, 50% dos participantes, pelo prazo de 12 anos, com desconto em folha, provavelmente a partir de 2016. O cálculo será estimado em 2015, terá relação com o benefício presente ou futuro e com a reserva matemática.

Com a reversão da situação, ou seja, quando a meta atuarial for atingida, cessa o desconto do aporte, segundo informações do diretor.

Embora a notícia que todos esperavam, a de que não haveria necessidade de aporte de recursos por parte dos assistidos e participantes, não aconteceu, a reunião foi bastante esclarecedora. Por mais de três horas, o diretor fez explanações e respondeu aos questionamentos dos presentes.

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Segundo análise do presidente da AEA-PR, Jesse Krieger, ” o que ficou evidente na apresentação do Diretor de Investimentos da FUNCEF, Maurício Marcellini Pereira, é que já tem um Grupo de Trabalho designado pela presidência da Funcef estudando a forma de equalização do déficit para cumprimento do dispositivo legal, o qual estabelece que após o registro de 03 anos consecutivos em que não for atingida a meta atuarial deverá haver  aporte de recursos por parte dos participantes e também da patrocinadora.

Também, de acordo com a explanação do referido diretor, o controlador deveria reestudar a atual sistemática, a exemplo de planos previdenciários privados internacionais, onde o nível de tolerância é muito maior, adicionado ao fato ainda, que no caso da Funcef, há solidez e recursos garantidores aos participantes a curto e médio prazos e o patrimônio da Fundação representa aproximadamente 56 bilhões de reais e, mesmo não tendo atingida as metas atuariais, nos últimos 03 exercícios, seu patrimônio vem subindo.

Concluímos, que as entidades representativas devem se mobilizar politicamente para tentar mudar a legislação, pois se há patrimônio e também recursos garantidores deve-se estudar alternativas para se equalizar o déficit sem que os participantes sejam sacrificados”.

Nesse momento delicado que a Fundação atravessa é importante que todos fiquem atentos, mantenham-se informados, participem dos debates, sem se deixar contagiar por boatos  alarmantes.

O diretor finalizou, deixando o seu endereço eletrônico para responder aos questionamentos dos participantes: dirin@funcef.com.br

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