O presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa Econômica Federal – Fenacef, Edgard Lima, encaminhou ofício ao presidente da Funcef, Carlos Vieira, no dia 03 de novembro último, no qual reafirma confiança nas ações da nova Diretoria e externa a preocupação com a nova operação, denominada CREDPLAN, solicitando que seja realizada uma nova análise, considerando alguns fatores econômicos.

Conheça a íntegra do documento:

Of. 044/16 Brasília, 03 de novembro de 2016

Ao Presidente
FUNCEF
Carlos Vieira

Prezado Presidente

Acompanhamos com expectativa e esperança os trabalhos que vem sendo realizados pela nova Diretoria Executiva da nossa Fundação. Todas as medidas no sentido de recuperar a melhor condição dos participantes, que contribuam para a saúde dos planos, tem nosso apoio.
Entendemos perfeito o tripé austeridade – equilíbrio – transparência e seremos sempre participantes/ investidores dispostos a acompanhar os trabalhos, analisar as ações e sugerir atitudes e soluções, procurando sempre auxiliar na dura caminhada à recuperação.
Sob esta ótica, vimos solicitar reanálise urgente na nova operação denominada CREDPLAN, implantada recentemente pela FUNCEF, principalmente no que diz respeito aos itens a seguir:
* A adoção do SAC em lugar do SAF anteriormente utilizado, gerou um aumento no desembolso inicial acima de 20%, o que inviabiliza a operação como auxilio as dificuldades das pessoas, principalmente os mais idosos;
* O aumento descabido do FGQC nas operações, novamente, com os mais idosos, quando se tem conhecimento que o Fundo, nos moldes até então, estava bastante confortável em sua obrigação de absorver eventuais dificuldades;
* A taxa, que já era superior às atuariais, portanto sem prejuízo aos planos, disparou acima de 9%, exatamente nos maiores prazos, que são os mais utilizados, tanto nas renovações, quanto nas concessões visto que o maior prazo significava oportunidade de acesso a um recurso com menores custos, para fazer face às despesas com juros maiores.
* Considerando as situações acima, ainda obrigar os participantes a quitar as operações em andamento e enquadra-las na nova operação, simplesmente a inviabiliza ou transforma em um risco muito maior aos tomadores.
Ressaltamos que a operação sempre foi uma das mais equilibradas e não foi concebida para dar lucro, sendo assim, porque mudança tão radical, sem nenhuma discussão com os participantes, únicos atingidos pelo aumento das taxas, pelo aumento do FGQC, pelo aumento da prestação enfim, por todos os aumentos?
Certos da atenção e sensibilidade já demonstradas somos,

Atenciosamente,
Edgard Lima