Vamos entrar com todas as ações, que tenham fundamentação e sustentação jurídica, para não pagar essa conta que não é nossa, se não na sua totalidade, na parte que realmente nos cabe, sozinhos ou em parceria com outras associações que comungam do mesmo objetivo”, garante o presidente da AEA-PR, Jesse Krieger. 

O déficit da Funcef, com consequente prejuízo a participantes e assistidos, tem provocado um debate nunca antes visto nos meios economiários. Infelizmente, o momento que deveria ser de união, está provocando divergências entre colegas, chegando às vias de agressões pessoais, desqualificação de entidades, egos exacerbados onde todos querem ser os protagonistas, dedos em riste apontados uns contra os outros, entre outras atitudes deploráveis que só enfraquecem a categoria.

A AEA-PR não tem escapado à fúria das redes sociais, com críticas pesadas e infundadas de quem não conhece o seu histórico, ataques pessoais contra o presidente passíveis de uma ação de calúnia e difamação, tentativas de denegrir a imagem da associação paranaense devido a sua filiação à Fenacef, uma entidade considerada inoperante na questão da Funcef, acusação de ações eleitoreiras quando ninguém da AEA-PR é candidato a nada, entre outras alegações, que não afetam o trabalho voluntário desenvolvido pela Diretoria Executiva, que doa seu tempo para defender os direitos dos aposentados e pensionistas.

Ser filiada à Fenacef não significa que a AEA-PR seja dependente e “siga a mesma cartilha” da Federação. Pelo contrário, a AEA-PR também é crítica da passividade e conservadorismo que impera entre a maioria dos dirigentes das associações e tem levados propostas para uma atuação efetiva da Fenacef, as quais, infelizmente, tem sido derrotadas pela maioria, como por exemplo:

– Contratação de um escritório jurídico especializado em previdência privada para elaborar uma Nota Técnica, sobre os atos dos três poderes da Funcef (Diretoria, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal), nos últimos anos;

– Fora, Caser! Pedido de exoneração da diretoria indicada pela Caixa; A AEA-PR lançou essa campanha nos seus meios de comunicação, no início de dezembro de 2015, antes de outras entidades, contrariando a posição da Fenacef.

– Mudanças na estrutura do Simpósio, dando ênfase a debates que levem a ações concretas na defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas, redução de custos com o evento e contratações por meio de processo licitatório. Por não ter esses requisitos atendidos e não concordar com a forma de contratação da empresa organizadora, a AEA-PR, por decisão em reunião da Diretoria Executiva, não vai participar da organização do próximo Simpósio, na cidade de Foz do Iguaçu, conforme manifesto publicado nos seus meios de comunicação.

A AEA-PR é uma entidade independente, com filosofia de atuação própria, independentemente da sua filiação à Fenacef.  Inclusive o seu estatuto permite filiação a outras que tenham objetivos compatíveis e, nesse sentido, sempre pregou a união das diversas entidades que defendem os participantes e assistidos.

Com relação ao déficit da Funcef, ao contrário do que dizem os críticos, a AEA-PR tem agido há muito tempo, bem antes do que as outras entidades, com consultas a advogados e especialistas em fundos de pensão, organizando palestras orientadoras com profissionais e diretores da Funcef (eleitos e indicados), tanto em Curitiba como nas regionais, fazendo gestão junto a parlamentares, incluindo o presidente e o relator da CPI dos Fundos de Pensão, interagindo com outras entidades para troca de informações, entre outras iniciativas que podem ser conferidas nos meios de comunicação da associação.

“Se não agimos antes, é porque não era o momento, pois a Funcef não tinha apresentado a conta, nem a data que devemos começar a pagar, condições básicas para se pensar numa ação judicial”, ressalta o presidente da AEA-PR, Jesse Krieger.

“Ao longo desse tempo em que começou o déficit e a perspectiva de termos que ter que arcar com uma conta sobre a qual não temos responsabilidade, a AEA-PR buscou informações sobre caminhos a seguir e, hoje, temos pareceres técnicos e jurídicos e mais a CPI dos Fundos de Pensão que está apontando os vários indícios de gestão temerária e irresponsável da diretoria da Funcef, que nos permitem tomar uma atitude contra o pagamento da equalização e possível responsabilização de quem por ação ou omissão gerou essa situação”, conclui Krieger.

“Vamos entrar com todas as ações, com possibilidade de fundamentação e sustentação jurídica, para não pagar essa conta que não é nossa, se não na sua totalidade, na parte que realmente nos cabe, sozinhos ou em parceria com outras associações que comungam do mesmo objetivo”, garante o presidente da AEA-PR.

Além das ações judiciais, é necessária uma melhoria na legislação dos Fundos de Pensão, para garantir uma melhor governança, fim da ingerência política, extinção do Voto de Minerva, criação de um fundo garantidor do Governo para investimentos de riscos, entre outras alterações.

O relator da CPI, deputado Sérgio Souza, que tem atendido a AEA-PR no seu gabinete em Curitiba ou em Brasília, inclusive ministrando palestra e dando entrevista para a Revista AEA em Ação, convidou o presidente, Jesse Krieger, para apresentar sugestões para a melhoria da legislação, as quais deverão constar no relatório final da CPI dos Fundos de Pensão. Esse trabalho está sendo conduzido por Krieger, com a colaboração dos associados da AEA-PR, que puderam apresentar as suas sugestões, e com as propostas de outras entidades.

Jesse Krieger agradece a participação dos colegas e deixa, ainda, uma mensagem de tranquilidade, com a certeza de que a AEA-PR está forte e atuante na defesa intransigente dos direitos dos seus associados.