O famoso pneuzinho está longe de ser uma questão puramente estética. Segundo a nutricionista Roseli Ueno, qualquer acúmulo de gordura na região abdominal deve ser observado, desde a barriguinha ao barrigão. Isso porque essa condição pode desencadear uma série de problemas de saúde. “O aumento de circunferência abdominal leva ao que se costuma chamar de síndrome metabólica, que pode favorecer o surgimento de diabetes, aumento do colesterol, maior risco de doenças cardiovasculares e pressão alta’, enumera a especialista.

Quando se ultrapassa a faixa dos 50 anos de idade, explica, o metabolismo sofre e fica mais lento. Se a alimentação não é das melhores e o corpo é sedentário, vai sendo cada vez mais difícil queimar as gordurinhas. Para reverter essa situação, a primeira coisa a se fazer é “ter consciência de que não existe milagre, não existe pílula mágica nem aparelhos que vão queimar essa gordura acumulada durante anos’, pontua Ueno.

Dito isso, vamos à parte prática: mudar os seus hábitos alimentares é essencial para perder a barriga. E o que é comer direito? Comer direito é fracionar. Aquela velha história de se alimentar de três em três horas, explica. “Isso é importante porque ativa o metabolismo. Quanto mais ativo o metabolismo, maior é a queima calórica. “Não adianta fazer um jejum prolongado, pois o corpo entra em colapso, entra em estresse e acumula gordura no abdome para manter a sua temperatura’, explica a nutricionista.

O prato, segundo ela, deve ser colorido, “mas não de porcarias’. Equilibre alimentos que são boas fontes de proteína, carboidrato, fibras, vitaminas e minerais. O que isso significa? Um suco natural de frutas, uma salada com verduras variadas, uma carne grelhada, uma porção de arroz integral.

Na lista dos proibidos estão refrigerantes e sucos industrializados. “Mesmo os que prometem zero calorias têm corante, adoçante e são ricos em sódio. Isso não vai nutrir você e ainda vai contribuir para o aumento do acúmulo de gordura’, pontua. Também são prejudiciais alimentos ricos em gorduras e os carboidratos refinados, principalmente doces, pães e massas.

Aquele velho hábito de comer em frente à televisão deve ser mudado. “Quando estamos distraídos não sabemos o que estamos comendo e nem o quanto estamos comendo’, alerta. Outra dica é cozinhar sua própria refeição de vez em quando: dessa forma você sabe o que está colocando no prato. “Às vezes aquele brócolis maravilhoso que você come no bufê por quilo todos os dias está cheio de gordura e você não sabe.’

É importante evitar a ingestão de líquidos durante as refeições, mas deve-se prestar atenção à hidratação ao longo do dia. Beber água ativa a circulação sanguínea e evita o acúmulo de toxinas pelo corpo. “Muitas vezes a pessoa confunde sede com fome, e isso faz com que ela consuma calorias extras’, adverte.

Tão importante quanto uma boa alimentação é a prática de exercícios físicos. “Quando você passa dos 30 anos de idade, exercício físico se torna uma obrigação se você quer viver mais tempo’, reforça a nutricionista. “Tem que mexer o corpo, fortalecer a musculatura, isso também ajuda a evitar lesões no dia a dia.’

O ideal é unir exercícios de musculação aos aeróbicos (como caminhada, andar de bicicleta), responsáveis pelo bom condicionamento cardiovascular. “Não adianta ficar só puxando ferro para depois não aguentar subir uma escada.’

“Pesquisas também têm mostrado que o sono é importantíssimo para que as atividades físicas e o metabolismo funcionem’, aponta Ueno. “Temos que fugir do estresse se quisermos manter nosso metabolismo funcionando bem ao longo de toda a vida.

Fonte: MSN Estilo de Vida