A Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) e o senador Paulo Paim tiveram uma importante conquista recentemente. Eles conseguiram o número necessário de assinaturas para instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar a real situação financeira da Previdência Social.

Pela primeira vez em 92 anos de existência, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sofrerá uma severa investigação. Segundo Paim, serão apurados desvios de verbas, fraudes, sonegações e todos os tipos de irregularidades.

A ideia de criar uma CPI na Previdência Pública partiu do presidente da Cobap, Warley Martins, que buscou o apoio do senador Paim para oficializar o processo investigativo, que será histórico. Wesley quer provar de uma vez por todas que não existe déficit na Previdência. “Não tem rombo, tem roubo. Muita gente vai parar na cadeia.”

Para a abertura da CPI, eram necessários que dois terços dos 81 senadores assinassem o pedido, ou seja, 27 membros.  Até agora, 29 parlamentares assinaram o documento, garantindo a instauração da investigação nos cofres do INSS durante as últimas décadas.

Apesar de já ter o número de adesão suficientes, Paim ainda buscará apoio de outros senadores até o fim de março, quando planeja apresentar o requerimento. Ele afirmou que o Palácio do Planalto está pressionando governistas a retirarem as assinaturas do documento. Caso não consiga a aprovação do pedido, Paim também costura o apoio de parlamentares para uma comissão mista, com a participação de deputados.

O Senado terá até 120 dias para concluir a investigação na contabilidade do setor. A medida poderá influenciar a reforma da Previdência e impedir sua aprovação no Congresso Nacional.

Com a Assessoria da Cobap